O trabalho do Sindicato


Desde o início da crise pandémica que o Sindicato dos Jogadores reforçou os seus meios de resposta, traduzidos em diferentes medidas de assistência aos jogadores e jogadoras.

Na primeira vaga da pandemia responderam, essencialmente, o Fundo de Garantia Salarial e as linhas de apoio financeiro criadas pela Federação e Liga, nos respetivos universos, mantendo-se o Sindicato bastante ativo no apoio através do seu fundo de solidariedade.

Pensando nos jogadores desempregados e nos jogadores que, embora tivessem clube, estavam parados ou limitados no exercício da atividade por força da pandemia, o Sindicato desenvolveu uma edição especial do Estágio do Jogador, adaptada ao contexto Covid-19, vocacionada para a preparação física, nas vertentes da prevenção de lesões e melhoria da performance.

A iniciativa contou com 49 atletas participantes e foi um sucesso, quer na colocação desses atletas quer na verificação das excelentes condições físicas com que chegaram ao novo clube. A TAU Training foi o parceiro desta iniciativa.

A saúde mental, em contexto pandémico, foi uma das preocupações essenciais do Sindicato neste período. Em parceria com a Ordem dos Psicólogos Portugueses, foi criada uma bolsa de apoio psicológico composta por 402 psicólogos preparados para responder em qualquer ponto do território nacional.

O Sindicato suporta as primeiras quatro consultas aos jogadores e jogadoras que o requeiram. Foi, ainda, lançado o guia prático de saúde mental em parceria com a Sociedade Portuguesa de Psicologia do Desporto, numa tentativa de sensibilizar a comunidade desportiva para este tema fundamental.

O apoio à educação, carreiras duais e transição tem sido, igualmente, uma preocupação do Sindicato, especialmente num período em que há tantos jogadores e jogadoras sem trabalho. Foram criadas ofertas formativas à medida e reativadas parcerias para formação, disponibilizando-se, em especial, aos jogadores com menor condição económica e/ou em transição apoio financeiro.

O exemplo mais recente é o curso sobre futebol de formação, em parceria com o ISCE e ISCE Douro. Paralelamente o nosso departamento de educação mantém-se a apoiar vários jogadores em transição para outras áreas como a de treinador.

Nesta segunda vaga de pandemia, compreendendo a emergência social agravada, o Sindicato lançou um plano de resposta, do qual se destaca o Fundo de Solidariedade reforçado. Foi criada uma linha direta (213 219 594) e disponibiliza a fundo perdido uma verba global de 250.000,00 €. O valor atribuído varia entre os 250 € e os 750 € por jogador ou jogadora e pretende apoiar nas necessidades básicas ou outros encargos urgentes.

Estamos no terreno, apoiando jogadores nacionais e estrangeiros, afetados pelo incumprimento salarial, pelo assédio, isolamento e abandono. Garantimos o retorno em segurança ao país de origem de vários jogadores estrangeiros e permanecemos a apoiá-los no plano jurídico, para o exercício dos seus direitos.

Não baixámos os braços antes da pandemia, durante e certamente não baixaremos amanhã. Aos jogadores e jogadoras que precisem, não hesitem. De forma confidencial e segura, contactem o Sindicato.

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (26 de novembro de 2020)

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