Até sempre, camarada Vasco


As organizações, em qualquer setor de atividade, são feitas de valores, valores esses que são incorporados e transmitidos pelas pessoas que investem, mais do que as suas qualidades profissionais, toda a sua disponibilidade naquilo que fazem.

O futebol tem a particularidade de ter um lado visível e exposto e um lado invisível. É através da conjugação de ambos que as suas instituições funcionam. Entre esses nomes, no Sindicato dos Jogadores, estava o Vasco Rosa, o nosso diretor financeiro, uma figura acarinhada e respeitada por todos, ser humano fantástico e profissional discreto, trabalhador, rigoroso, alguém que ajudou a construir a credibilidade desta instituição.

No dia em que completava 66 anos, quis a ironia do destino que recebêssemos a pior das notícias, aquela que não esperávamos, saber que o Vasco partiu. Assinalo publicamente este momento de profunda dor pela perda de um companheiro e amigo, com um profundo agradecimento por tudo o que de bom trouxe a cada um dos membros desta equipa e à instituição.

Quero, também, agradecer as muitas mensagens de apoio que fomos recebendo nos últimos dias e reafirmar que tudo faremos para preservar aquilo que o Vasco ajudou a construir.

Quero, também, deixar uma nota de destaque para o fantástico trabalho dos nossos internacionais Bruno Fernandes, João Félix e Cristiano Ronaldo, a dar cartas como os melhores do mês nas ligas inglesa, espanhola e italiana, bem como elogiar o percurso europeu de FC Porto, SL Benfica e SC Braga.

Os sorteios da Liga dos Campeões e Liga Europa ditaram adversários difíceis, mas acredito que os representantes nacionais têm condições para continuar a fazer uma grande campanha. Para já, vale-nos uma excelente solidificação do lugar português no ranking.

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (15 de dezembro de 2020)

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