Época de esperança


Com o Natal a aproximar-se, quero deixar uma mensagem de esperança e solidariedade para com todos os que ao longo deste ano de 2020 se viram afetados pela Covid-19, perderam entes queridos ou enfrentam as consequências desta crise.

O futebol é, muitas vezes, referido como o escape da sociedade, a modalidade que une massas e sobre a qual recai a responsabilidade de dar o exemplo, ajudar a responder ao momento difícil que vivemos.

Acredito que, através da união de todos, mesmo com as barreiras impostas pelo distanciamento físico, sairemos desta importante lição de vida mais fortes e conscientes do nosso papel, com uma certeza, no plano ambiental, económico e social, há muito para fazer na missão de construir um mundo melhor.

São estes os meus votos para esta quadra natalícia que se aproxima. Que saibamos, mesmo à distância, manter a união e o foco na recuperação do país, olhando pelos mais vulneráveis. O futebol tem muito para dar enquanto mecanismo de recuperação económica e social. Deve, por isso, o Estado perspetivar um plano de canalização de fundos estruturais, dando cumprimento ao desígnio do desporto como ‘motor’ da retoma social, papel que as próprias Nações Unidas, recentemente, atribuíram ao setor.

Nota final para o protocolo da concussão cerebral que Sindicato e Liga estão comprometidos em implementar. Assisti ao debate internacional sobre a necessidade de trabalhar com os jogadores e staff´s dos clubes uma correta avaliação e ação preventiva aquando do diagnóstico de concussão.

Temos apoiado investigação interna sobre as consequências a médio e longo prazo na saúde dos jogadores. A metodologia é a de sempre, seguindo as melhores práticas, traçar um diagnóstico a nível interno e criar um protocolo assente em três pilares: reconhecer – reportar – remover (de campo).

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (22 de dezembro de 2020)

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