Abel: amigo, jogador e treinador


Esta semana quero deixar uma sincera homenagem ao mister Abel Ferreira, pelo enorme feito alcançado com a conquista da Libertadores. Talento, paixão e humildade são características que fazem do Abel uma pessoa especial, antes do fantástico profissional.

Tive o privilégio de conhecer o Abel enquanto jogador e constatar essas mesmas qualidades humanas que soube transportar, na perfeição, para a sua atividade de treinador.

Genuíno, direto, excelente comunicador, não deixa dúvidas sobre aquilo a que vem e isso tem feito toda a diferença nos diferentes projetos que tem assumido.

Voltando ao tópico da humildade, na altura como treinador do PAOK, o Abel, acompanhado por outro exemplo para a classe dos jogadores, Vieirinha, participou num evento organizado pela Universidade Aristóteles de Salónica, parceiro do Sindicato dos Jogadores no projeto europeu GOAL, o qual trabalhou a "gamificação" como instrumento de motivação e incremento da participação dos atletas de alto rendimento na formação, empreendedorismo e preparação de uma segunda carreira.

O discurso de ambos foi um exemplo de maturidade. Do Abel ficou a ideia clara de que soube sempre aproveitar as oportunidades que lhe foram dadas, aprendendo com os mais experientes.

Não tenho dúvidas de que hoje, e cada vez mais no futuro, os jogadores que tiverem o prazer de privar com o Abel serão inspirados pela forma de ser e trabalhar, acabarão por investir nos vários aspetos importantes para um desenvolvimento integral.

Quero, ainda, deixar uma mensagem de parabéns à Ana Catarina e ao selecionador Jorge Braz por voltarem a estar no topo do mundo do futsal, consolidando o trabalho que tem sido feito em Portugal e o visível crescimento da modalidade, tanto na vertente masculina como feminina.

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (2 de fevereiro de 2021)

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