Sindicato dos Jogadores: 49 anos


O Sindicato dos Jogadores assinala 49 anos e está oficialmente a caminho da primeira metade de século. Uma instituição que tem dado passos firmes no sentido da sua afirmação nacional e internacional.

Nesta data tão especial, lembro sempre a comissão instaladora e os muitos nomes que levaram a cabo este projeto sindical no duro ano de 1972, ainda em ditadura, bem como todas as direções desde então, que souberam investir o seu tempo e recursos para fazer crescer o Sindicato e manter uma identidade que ainda hoje é reconhecida.

Tenho orgulho em fazer parte desta equipa e poder contribuir para projetos que fazem a diferença hoje e transformarão o associativismo de classe amanhã, em particular o Campus do Jogador, onde queremos sedimentar a visão multidisciplinar dos problemas que envolvem a atividade dos jogadores e as respostas que já hoje conseguimos garantir.

O que nos reserva este caminho para o futuro? Acredito que o Sindicato continuará a ser um player fundamental deste setor, com voz, independência, pensamento próprio e ação. As relações laborais dos jogadores e jogadoras são cada vez mais complexas e exigentes e a pandemia redefiniu prioridades e exigências.

A própria sociedade tem vindo a mudar e, com essa mudança, o Sindicato quer fortalecer a ideia de que o jogador é muito mais do que aquilo que mostra nas quatro linhas. Pode e deve ser um cidadão formado, ativo, comprometido com projeto de vida, uma mais-valia para clubes, organizações desportivas e empresas, um agente de mudança cultural e causas sociais.

O Sindicato de hoje projeta um diálogo permanente com as instituições do futebol e desporto, um contributo permanente para as reformas que se exige ao nível do formato, do licenciamento, do acesso e controlo existente nas competições. Nós estamos aqui.

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (23 de fevereiro de 2021)

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