Sentir o país e a esperança


Esta semana não podia deixar de manifestar o orgulho e total apoio ao nosso capitão Cristiano Ronaldo, alguém que sente o país e tem feito questão de levar o nome de Portugal aos quatro cantos do mundo.

O resto é ruído e a verdadeira discussão a retirar do episódio na Sérvia é de alguma tacanhez na organização desta fase de qualificação para o Mundial, com duas tecnologias que têm contribuído para a verdade desportiva, o VAR e a tecnologia da linha de golo, a serem descartadas. Jogámos em "modo vintage", arrisco dizer que falhas na deteção de um golo como aquele já não se usam.

Destaco também a vitória dos sub-21 em Ljubljana, lançados para o acesso aos quartos de final do Europeu. Esta geração tem deixado marca nas principais competições jovens de seleções e está bem encaminhada para continuar a fazer história. Mérito destes jogadores pelo profissionalismo e das equipas técnicas nacionais que têm feito um trabalho excelente na identificação e aproveitamento do talento.

Entretanto, por cá, perspetivamos com esperança a nova Liga 3. O desejo para esta prova é de que consigamos expurgar alguns dos vícios que mancharam o Campeonato de Portugal ao longo dos últimos anos, com um sistema de licenciamento e controlo financeiro eficazes, diminuição do número de vínculos precários e contratos irregulares, apoios e incentivos para que os clubes cumpridores vejam reconhecido o esforço e investimento, mas também oportunidades de crescimento para mais jovens formados localmente. Não deve ser esquecida, também, a importância de acolher devidamente os jogadores estrangeiros. Indiscutivelmente, era preciso fazer alguma coisa para garantir postos de trabalho com qualidade nos escalões não profissionais, o sucesso depende de um esforço coletivo.

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (30 de março de 2021)

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