Esperança no futuro e na liberdade


Decorrido o ato eleitoral para os órgãos sociais do Sindicato dos Jogadores, quero agradecer a todas as jogadoras e jogadores que confiaram o seu voto à minha equipa, renovaram a confiança no projeto que temos desenvolvido e nos objetivos traçados.

Saúdo, democraticamente, os adversários neste processo eleitoral que, terminado, nos exige a todos a união e o foco em servir os interesses da classe.

Nessa luta pela dignificação da profissão não há vencidos, só poderão existir vencedores: todas as jogadoras e jogadores que possam beneficiar de um sistema desportivo mais justo, equilibrado e protetor dos seus direitos e interesses fundamentais, enfrentando as exigências atuais, com destaque para o combate à precariedade laboral, desemprego e doença, a proteção social que desejamos consolidar com um fundo de pensões forte e ajustado à realidade desportiva, o auxílio às carreiras duais e apoio na transição, através de um plano de educação e formação integral dos atletas que, aliado ao empreendedorismo e inovação, será a nossa prioridade.

Queremos, igualmente, contribuir para a prevenção dos fenómenos antidesportivos que arruínam as carreiras profissionais, como a violência, o doping ou o match-fixing, promover o diálogo e a cooperação institucional, com o rigor, independência e dedicação que temos mantido.

Todo e qualquer projeto sindical só é possível porque em 25 de Abril de 1974 a coragem saiu à rua e garantiu a transição para um regime democrático, que por muitas imperfeições que lhe atirem, será sempre a derradeira arma contra a tirania, o ódio e o populismo.

No futebol, e no desporto, a democracia deve ser conservada através da informação fidedigna, pluralismo e debate de ideias na defesa de interesses que, embora conflituantes, respeitem valores comuns.

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (27 de abril de 2021)

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