Campeões, dentro e fora do campo


Existiam feitos inimagináveis até que o talento, a resiliência, o trabalho, o caráter e a organização se conjugaram para fazer do nosso país a maior potência desportiva do futsal.

Somos campeões do mundo e quero deixar uma palavra de profundo agradecimento a todos os nossos jogadores, capitaneados pelo Ricardinho, que deram a vida em campo até ao último segundo.

A equipa técnica liderada por Jorge Braz e toda a estrutura da FPF, que apostou no desenvolvimento do futsal nacional, merece um justíssimo reconhecimento pelo resultado alcançado.

É uma conquista dos portugueses e um incentivo para reforçar o investimento na profissionalização de atletas a nível nacional, revertendo uma realidade marcada por alguma precariedade, dores de crescimento que podem ser trabalhadas com incentivos à contratação regulada, medidas de apoio à carreira dual, dando mesmo aos que não fazem do futsal atividade exclusiva, dignidade e condições de progressão.

Vale a pena promover e apoiar o futsal nacional, tanto masculino quanto feminino. Temos todas as condições para continuar a ser uma referência mundial.

Falando do orgulho em ser português, foi com enorme satisfação que o Sindicato recebeu no Campus do Jogador, para um treino, as jogadoras afegãs acolhidas por Portugal.

A grandeza de um país está nos seus valores e o desporto é um enorme motor de integração. A propósito das refugiadas afegãs e de muitas outras comunidades que arriscam a vida na travessia para a Europa, o Sindicato dos Jogadores, integrado no projeto SPIN, voltará a centrar-se no tema, reforçando o trabalho iniciado em 2015 com o projeto "Sport Welcomes Refugees", do qual resultou, entre várias iniciativas, um guia de boas práticas para clubes e organizações desportivas.

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (5 de outubro de 2021)

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