Levantar a cabeça


Nas últimas horas fomos inundados por comentários e análises detalhadas à exibição de Portugal no jogo que ditou o adiamento do apuramento para o próximo Mundial.

Não precisamos de grandes teorias para determinar que foi um jogo mau e que esta equipa pode fazer melhor. No entanto, tenho a certeza de que a resposta virá já no play-off. Fica-nos bem saber perder, como país que, apesar de pequeno, já tombou os maiores do mundo. A Sérvia foi melhor neste jogo e a sua vitória justa, nada a acrescentar.

Acredito no potencial da nossa Seleção, no trabalho de toda a estrutura para ultrapassar a fase negativa em que nos encontramos e na capacidade de superação que nos caracteriza. É momento de levantar a cabeça, acreditar nos nossos jogadores e manter o apoio incansável que os portugueses têm demonstrado, porque vamos estar no Qatar.

Por falar em capacidade de superação, Portugal prestou de forma justíssima a sua homenagem ao Ricardinho. A carreira e os títulos falam por si, o carácter e a forma de estar fazem toda a diferença.

É extraordinário o que o futsal português tem conquistado e inesquecível tudo aquilo que a geração liderada pelo Ricardinho nos proporcionou. Momentos absolutamente geniais e uma surpreendente capacidade de manter os pés assentes na terra. Estou certo de que o Ricardinho continuará a dignificar o país, o futsal e a classe dos jogadores e fará parte do progresso que a modalidade merece.

Nota final para o congresso mundial da FIFPro, que decorre nos próximos dias. Esta reunião das entidades representativas de jogadores tem importância acrescida no contexto das atuais propostas de reforma de quadros competitivos e novas competições. Mantemos a visão holística dos problemas e trabalharemos pela defesa dos interesses dos nossos associados.

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (16 de novembro de 2021)

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