José Manuel Constantino


Soube recentemente dos problemas de saúde do presidente do Comité Olímpico de Portugal, José Manuel Constantino. Desejando-lhe sinceras e rápidas melhoras, decidi dedicar-lhe a rubrica desta semana. Estamos perante uma figura ímpar e decisiva no pensamento estratégico do desporto em Portugal.

Recordo desde sempre a sua intervenção nos temas que afetam clubes, organizações e agentes desportivos, assim como a pertinente confrontação do poder político com temas que, por serem incómodos, nem sempre são abordados por quem tem o nível de influência para fazer a diferença.

Recordo ainda a sua intervenção no Conselho Nacional do Desporto, espelhando sempre a clarividência de um homem que simboliza um género que temo estar em vias de extinção no desporto português. Pouco preocupado com unanimismos, capaz de exercer uma liderança positiva que não vive da necessidade de vincar uma única posição, um único modo de pensar e um só caminho, representa uma geração que deveria ter inspirado as mais recentes a exercer os valores da democracia e da liberdade, sem temores.

A propósito dos problemas do futebol, vejo pouco debate saudável, medo em assumir posições e pensar diferente, pouca vontade de sair da zona de conforto. Certo do muito que ainda nos poderá dar, reitero votos de recuperação plena a José Manuel Constantino.

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