Mudança de pasta


Esta semana dou as boas-vindas ao novo Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, com quem já trabalhei alguns temas que levaram o Sindicato dos Jogadores à Assembleia da República.

Deixo, ainda, uma palavra de reconhecimento ao seu antecessor, João Paulo Rebelo, que exerceu o cargo num contexto difícil, com aspetos conjunturais aos quais nenhuma área de governação ficou alheia.

No contexto atual, o desporto não é apenas mais um setor de atividade. É um fator de promoção e desenvolvimento da sociedade, um motor de inclusão e verdadeiro elevador social, uma área que ainda carece de investimento em aspetos estruturais, mas que a ser devidamente apoiada terá, como poucas, efeitos transversais na sociedade portuguesa.

O praticante desportivo, amador ou profissional, inserido em competições nacionais, internacionais, no programa olímpico ou paralímpico, tem de ser o centro de uma política desportiva assertiva, capaz de elevar os índices de competitividade, mas também de bem-estar e capacitação daqueles que escolhem fazer do desporto a sua vida.

Destaco a necessidade de estruturar incentivos públicos para a aposta dos atletas na carreira dual ou a tão urgente necessidade de programas de apoio à transição e reconversão profissional dos atletas, focados no aproveitamento das suas competências académicas, desportivas e sociais para o pós-carreira, ou ainda a imperiosa revisão do regime legal dos fundos de pensões, por forma a instituir na plenitude esta ferramenta de poupança para a reforma, não só para os futebolistas como para todos os praticantes.

Parto esperançoso para este novo ciclo político.

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (5 de abril de 2022)

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