O melhor e o pior


Esta semana decorre mais uma edição da Semana da Formação Financeira, levada a cabo pelo Conselho Nacional dos Supervisores Financeiros e os seus parceiros no projeto ‘Todos Contam’.

Desde que assumiram esta missão de contribuir para o aumento da literacia financeira nas várias camadas da população, é louvável a aposta dos supervisores financeiros na disponibilização de conteúdos simples e didáticos como os que constam no portal www.todoscontam.pt, pelo que recomendo a todos os jogadores a consulta deste site, assim como disponibilizo o total apoio do Sindicato, caso pretendam investir na formação dentro de alguma das áreas que são tratadas em específico.

Sem saber como gerir o orçamento familiar, criar hábitos de poupança, analisar riscos e vantagens de produtos financeiros ou tomar precauções em investimentos e compras online, dificilmente se poderá ter sucesso no projeto de carreira e na fase de transição.

Deste que é um dos melhores exemplos de formação acessível a todos, passo para uma das piores demonstrações do que o futebol pode oferecer. Os casos do União Serpense e do Villa Athletic, com contextos distintos, não podem deixar ninguém indiferente.

O futebol distrital assume uma dimensão lúdica e visa, essencialmente, a disponibilização de condições para prática desportiva à comunidade local. Um pouco por todo o país tem sido subvertida esta dinâmica.

Seja por via dos regulamentos seja por via de lei, no suprimento de barreiras que possam ser colocadas pelo regime atual, qualquer clube ou sociedade desportiva que queira competir em Portugal tem de apresentar um projeto que contemple as garantias de financiamento do mesmo, assim como a prestação obrigatória de informações que possibilitem o escrutínio da idoneidade dos dirigentes e investidores. Os jogadores, seja qual for o escalão, exigem e merecem respeito.

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (25 de outubro de 2022)

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