Global Players Council


A criação do Global Players Council (GPD), em 2019, foi uma das decisões mais acertadas da FIFPro. Este órgão promove o encontro e partilha de experiências entre futebolistas no ativo, vindos dos quatro cantos do mundo. O objetivo comum é a defesa da profissão e dos valores fundamentais que todos os dias são postos em causa ou desprezados nesta indústria. Nunca foi tão importante haver uma dinâmica de partilha e ativismo, face às profundas assimetrias que continuam a existir, ao nível das condições laborais dos jogadores, dos calendários nacionais e internacionais que subjugam a sua saúde e bem-estar, de fenómenos como a violência nos recintos desportivos, racismo, xenofobia ou ataques nas redes sociais, entre muitos outros temas em que existem realidades díspares, mas caminhos a ser construídos a partir de valores comuns. Neste retomar do GPD pós-pandemia, destaco dois membros em particular, pela grande estima que tenho por eles. Sebastian Coates, indicado pelos colegas do Uruguai, mas também uma referência do nosso futebol e Rui Patrício, indicado pelo sindicato português, estarão entre os vários futebolistas que ajudarão a FIFPro a afirmar a sua missão. Tenho a certeza de que farão a diferença.

Duas notas finais para destacar os 50 anos de um símbolo do futebol português, Luís Figo, que tive a honra de receber no Campus do Jogador. Deixo igualmente um forte abraço de parabéns ao Bê Martins, que depois de Madjer e Jordan Santos inscreve o seu nome na lista dos melhores do mundo em futebol de praia. É notável o que tem sido feito nesta modalidade onde não é nada fácil reunir e manter apoios logísticos e financeiros para o seu desenvolvimento. Distinções como esta mostram todo o potencial e trabalho dos nossos atletas.

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (8 de novembro de 2022)

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