Unidos por Portugal


O campeonato do mundo está a ser, até ao momento, o que se esperava dentro das quatro linhas, com uma fase de grupos intensa, marcada por equilíbrio entre as equipas e algumas dores de cabeça para os crónicos favoritos. Entre os que acham que a derrota com a Coreia do Sul serviu de alerta e fez bem à nossa seleção e aqueles que a entendem como um duro golpe na moral, não perco a confiança neste grupo que deve olhar para a Suíça como um tremendo obstáculo. A prová-lo estão os confrontos recentes e de má memória para Portugal.

Numa fase da prova que não conseguimos ultrapassar na Rússia, em 2018, cabe-nos respeitar este adversário e manter a tranquilidade porque, ainda assim, somos superiores. Para já são duas as baixas por lesão, a de Nuno Mendes que lhe roubou o sonho do mundial e a de Danilo, que pode ser recuperável. Destaco o facto de se manterem com o grupo de trabalho, o que contribui para o espírito de união na seleção, mas também para minimizar o enorme impacto psicológico que tem para os jogadores serem forçados a abandonar a competição com tanto por disputar.

Este é um ponto essencial para abordar o que falta do Mundial, para os atletas em prova, e na transição daqueles que já abandonaram a competição para a rotina nos clubes. Todos devem atuar em rede, numa abordagem cautelosa da gestão física e psicológica dos jogadores. Mesmo com esse trabalho, é expectável que a vaga de lesões registada até aqui venha a disparar com o decorrer de 2022/2023.

Para o jogo de amanhã só há uma mensagem: força equipa, estamos juntos!

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (06 de dezembro de 2022)

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