De jogador para árbitro


O Conselho de Arbitragem da FPF, liderado por José Fontelas Gomes, lançou ao Sindicato dos Jogadores o desafio de promover o acesso à carreira de árbitro por parte de ex-futebolistas, através de um modelo de formação adequado a facilitar esta transição.

No Campus do Jogador, estamos a preparar, para a próxima edição do Estágio para jogadores sem contrato, uma oferta formativa que contemple este novo modelo de transição. Ser árbitro nos dias que correm, face ao país desportivo que temos, é um ato de tremenda coragem e amor ao jogo.

Sem arbitragem não teremos futebol e para que as próximas gerações de árbitros tenham sucesso é preciso aumentar a base de recrutamento, melhorar a qualidade e criar um ambiente de respeito e dignidade para aqueles que sigam esta carreira.

Os ex-jogadores podem contribuir para muitos destes objetivos, pela experiência que trazem do jogo e a influência que isso pode ter na interpretação e aplicação das leis de jogo, mas também pelo reconhecimento público, de âmbito local ou nacional, que ajudará a promover uma cultura desportiva diferente, assente numa abordagem pedagógica do papel do árbitro. Os resultados desta iniciativa serão medidos mais à frente, mas foi com otimismo que aceitei o desafio do presidente do CA para este projeto-piloto.

Finalmente, quero dar os parabéns ao Leiria pela conquista da Liga 3 e elogiar o trabalho do Belenenses. Dois justos apurados para o regresso às competições profissionais. Foi uma final marcada pelo respeito, fair play, e muita qualidade dentro das quatro linhas.

A reforma dos quadros competitivos para a criação desta competição tem provado ter sido a escolha certa. Quero, ainda, dar os parabéns ao plantel e estrutura do Farense, que assegurou o regresso à Primeira Liga, tão importante para o futebol na região sul do país.

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (23 de maio de 2023)

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