Rui Jorge: visão e missão


Terminado o Europeu de Sub-21, a análise que faço à prestação de Portugal é que, apesar de termos caído perante um adversário muito difícil, não atingimos os objetivos mínimos que estariam ao nosso alcance.  Quero, no entanto, reforçar a admiração que tenho pelo Rui Jorge, enquanto homem e treinador, capaz de corporizar no cargo que ocupa, juntamente com a sua equipa técnica, a visão integrada que tem permitido potenciar e dar espaço competitivo a muitos jogadores jovens que conseguem, prematuramente, dar o salto para escalões superiores, designadamente o patamar da Seleção A.

O selecionador de Sub-21 e a sua equipa técnica defendem uma visão holística do futebolista, compreendem a importância das diferentes etapas de aprendizagem e são fiéis a uma forma de trabalhar e à passagem de valores que produzem resultados, para além da sua esfera de ação direta.

Quem conhece o Rui Jorge e acompanhou o seu percurso enquanto jogador, bem como esta caminhada à frente da Seleção, sabe que ambição, vontade de ganhar e capacidade para manter um grupo de trabalho coeso e disposto a dar o máximo, não lhe faltam. Deixo, por isso, ao selecionador e a todos os jogadores que deram o melhor de si neste torneio uma mensagem de conforto, o meu obrigado, crente na metodologia e certo do nosso futuro desportivo.

Falando, ainda, dos valores certos no desporto, este fim de semana tive o privilégio de participar num evento organizado pela FPF que quebrou as barreiras da idade, do género ou da capacidade física. O Walking Football é uma modalidade transformadora por trazer às pessoas com mais idade a oportunidade de encontrar no desporto aquilo que o deve definir: a inclusão, entreajuda, respeito e competição saudável.

Artigo de opinião publicado em: jornal Record (4 de julho de 2023)

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