Sérgio Conceição

Sérgio Paulo Marceneiro Conceição nasceu a 15 de Novembro de 1974, em Coimbra. Foi no principal clube desta cidade, na Académica, que  deu os primeiros pontapés na bola.

Manteve-se na Briosa até ao escalão júnior, momento em que foi contratado pelo FC Porto, em 1991/92. De dragão ao peito sagrou-se campeão nacional de juniores. Subiu depois aos seniores e foi emprestado para ganhar experiência. Primeiro ao Penafiel, depois ao Leça (em ambas a ocasião na II Divisão) e, por fim, ao Felgueiras. Neste último, orientado por Jorge Jesus, sobressaiu, tendo actuado em 30 jogos, marcando quatro golos. Sem surpresa, em 1996/97, foi chamado à base.  

Treinado por António Oliveira conquistou a titularidade e contribuiu para a conquista do título nacional. Manteve a sua influência na temporada seguinte e foi novamente campeão.

O seu valor não passava despercebido e transferiu-se – por 10 milhões de euros – para o poderoso futebol transalpino, mais concretamente para a Lazio, de Roma. Representou o clube da capital de Itália durante duas épocas. Nesse período, ao lado de Fernando Couto e de Roberto Mancini, entre outros, venceu a Taça das Taças, a Supertaça Europeia, o Campeonato e a Supertaça de Itália.

Em 2000/01, foi vendido (englobado no negócio Crespo) ao Parma. Na temporada seguinte ingressou no Inter de Milão, clube onde esteve duas épocas. Regressou à Lazio mas não foi tão feliz como na primeira passagem. Rescindiu contrato e assinou pelo FC Porto. Ficou pouco tempo no clube da Invicta e assinou pelo Standard de Liège. Na Bélgica, voltou a brilhar e foi considerado o melhor jogador do campeonato em 2004/05. Pelo meio, um episódio triste. A dado momento, cuspiu num adversário, atirou a camisola ao árbitro e foi castigado com três anos. Cumpriu apenas quatro meses e meio – o resto da sentença ficou em suspenso.

Em 2007/08, transferiu-se para o Al-Qadisiya, dos Emirados Árabes Unidos. Esteve poucos meses ao serviço da equipa árabe e decidiu mudar para o PAOK, da Grécia. Em terras helénicas pendurou as botas no passado mês de Novembro e desde então assumiu as funções de director desportivo do emblema grego.   

Ao longo da sua carreira, Sérgio Conceição representou dez clubes: Penafiel, Leça, Felgueiras, FC Porto, Lazio, Parma e Inter de Milão (os três de Itália), Standard de Liège (Bélgica), Al Qadisiya (Emirados Árabes Unidos) e PAOK (Grécia), tendo nos casos da Lazio e do FC Porto regressado a esses clubes anos mais tarde.

Quanto a troféus conquistado, a lista é bem recheada: Três vezes campeão nacional pelo FC  Porto (1996/97, 1997/98, 2003/04), Uma Taça das Taças (1998/99), Uma Supertaça Europeia  (1999), uma Taça de Portugal (1997/98), uma  Supertaça portuguesa (1997), um Campeonato de  Itália (1999/00), duas taças de Itália (1999/00, 2003/04) e uma Supertaça de Itália (1998).  

Por fim, em sua homenagem existe o Estádio Sérgio Conceição, em Taveiro, Coimbra.

Selecção Nacional

Sérgio Conceição somou 56 internacionalizações  e apontou 12 golos com a camisola de Portugal. Estreou-se em Novembro de 1996, pela mão de  Artur Jorge, frente à Ucrânia (1-0). Mas, o seu  grande momento ao serviço da selecção aconteceu durante o Europeu de 2000, disputado na  Holanda e na Bélgica, quando Sérgio Conceição destroçou a selecção alemã com um hat-trick  (3-0 para Portugal).

Despediu-se da selecção de forma inglória. Deixou de ser convocado em Setembro de 2003, após a derrota por 0-3, frente à Espanha. Um afastamento doloroso para Conceição que, desde então, não perdoou nas críticas a Luiz Felipe Scolari e a Gilberto Madail. Ao serviço da selecção nacional, esteve presente nas fases finais dos Europeus de 1996 e 2000 e do Mundial de 2002.

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