Não esqueças o meu nome

Alfredo Ranque Franque, nasceu em Benguela, Angola, a 1 de Setembro de 1952. Começou a jogar futebol em criança nas ruas perto da sua casa passando pouco tempo depois por alguns clubes pequenos de Angola.
Aos 17 anos, e depois de ter sido observado, viajou para Lisboa para ingressar no Benfica. Começou pelos juniores chegando à equipa de reservas. Desde logo, criou laços com o clube da águia, privando de perto com “monstros sagrados” do futebol português como Eusébio e Coluna, entre outros. O respeito imperava então no futebol. Nesses anos estas “estrelas”, do Benfica e da Selecção Nacional, eram tratados por “senhor”.
Apesar de nunca ter jogado na equipa principal, o defesa esquerdo sempre mostrou lealdade e profissionalismo. Qualidades que lhe valeram uma carreira desportiva honrada.
Passou por vários clubes como Boavista, Estoril, Marítimo e União de Leiria, entre outros.
Aos 20 anos, é no Boavista que Franque inicia a carreira como sénior mas é no clube da Tapadinha (o Atlético) que é mais vezes lembrado. Jogou ao longo de três épocas (de 1974/75 a 1976/77) durante as quais fez 78 jogos e marcou dois golos, sempre na Primeira Divisão. Como é sabido, o Atlético afundou-se nas divisões secundárias para até agora não sair de lá, mas não levou o Franque com ele. Continuou a jogar ao mais alto nível durante mais alguns anos.
Seguiu-se o Marítimo. No emblema insular, Franque entrou para a história do clube ao ter integrado a primeira formação da equipa maritimista na Primeira Divisão. Pelo meio ainda jogou nas categorias mais jovens da selecção portuguesa, sem nunca ter sido internacional A. Franque pendurou as chuteiras em 1986, ao defender as cores do União de Leiria.
Actualmente, Alfredo Ranque Franque faz parte da direcção do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, organismo que ajudou a crescer e a implementar-se no panorama do futebol nacional. E é aqui que aplica entre outras, as suas qualidades: Lealdade e profissionalismo aliado ao espírito de luta em honra do futebolista no nosso país, incutindo isso mesmo a quem entra e passa pela primeira vez na instituição.