Jaime Graça

Jaime da silva graça nasceu a 10 de Janeiro de 1942, em setúbal. Desde muito novo que ganhou o bichinho pelo futebol. O seu irmão emídio graça, internacional português que chegou a jogar no Sevilha, era a sua referência. Aos 15 anos, Jaime jogava no Palmelense. Dois anos mais tarde mudou-se para o Vitória de setúbal. O virtuosismo de Jaime encantou os dirigentes sadinos e as gentes de setúbal. era craque e ninguém ficava indiferente ao seu talento. Em 1961/62, ajudou o Vitória a subir à i divisão e até 1966 (data em que se transferiu para o Benfica) foi sempre uma das grandes figuras da equipa.

Na época de 1964/65, ainda antes de se mudar para a Luz, o médio brilhou intensamente com a camisola vitoriana conquistando a Taça de Portugal. Na final, o Vitória de Setúbal derrotou o Benfica por 3-1 e Jaime marcou um dos golos. Foi ele que, juntamente com Mário Coluna, subiu à tribuna presidencial para receber o troféu das mãos do Presidente da República.  

Estreou-se na selecção nacional (36 internacionalizações e quatro golos) a 24 de Janeiro de 1965, frente à Turquia (5-1). Foi precisamente o primeiro jogo dos magriços na caminhada rumo ao brilhante terceiro lugar no mundial de 1966, em Inglaterra. O campeonato do mundo mudou a sua vida. Jaime graça foi totalista e assinou contrato com o Benfica. Em agosto de 1966, logo após o mundial, estreou-se com a camisola encarnada ajudando a reeditar nas águias a linha ofensiva da selecção – o próprio, Coluna, José Augusto, António Simões, Eusébio e José Torres. Esteve durante nove épocas no Benfica. Venceu sete campeonatos nacionais e três Taças de Portugal, além de ter disputado uma final da Taça dos clubes campeões europeus em 1967/68 (derrota por 1-4, frente ao Manchester United).Mas a sua aventura no Benfica começou de forma atribulada. Estava apenas há seis meses no clube quando após um jogo em São João da Madeira, e já no estádio da Luz, o treinador Fernando Riera submeteu os jogadores a sessões de hidromassagem. Aconteceu então o improvável. Um curto-circuito ceifou a vida de Luciano e se não fosse Jaime Graça a levantar-se e a desligar o quadro eléctrico uma maior tragédia teria acontecido. Com esse acto salvou a sua vida, a de Eusébio, a de Camolas, a de Carmo Pais e a de Malta da Silva. Valeram-lhe os seus conhecimentos de electricista, ofício que aprendeu em Setúbal antes de se tornar num “senhor da bola”.

Entre 1973 e 1975 a sua estrela começou a empalidecer e decidiu regressar ao Vitória de Setúbal. Na cidade do sado jogou mais duas épocas. Tinha 35 anos quando despediu-se da i divisão. Rumou aos açores para jogar e treinar o Oliveirense de São Miguel. Entre outras equipas nacionais, Jaime Graça orientou ainda o operário, onde lançou o antigo internacional português Pauleta, melhor marcador da história da selecção nacional, com 47 golos, contra 41 do “rei” Eusébio. Em 1986, coadjuvou José Torres no mundial de 1986, no méxico.

Jaime Graça regressou ao Benfica e ali se manteve nas camadas jovens do clube. Morreu a 28 de Fevereiro de 2012, vítima de doença prolongada, precisamente no dia em que o Benfica fez 108 anos.

Mais Glórias