Augusto Inácio
Formado no Sporting, alcançou a glória europeia no FC Porto. Já como treinador devolveu o título nacional ao Sporting após 18 anos de jejum. Falamos de Augusto Inácio, um dos melhores defesas laterais da história do futebol português.
Augusto Soares Inácio nasceu em Lisboa, a 1 de Fevereiro de 1955. O pai António, fervoroso adepto do Sporting, não descansou enquanto não levou o petiz Augusto para Alvalade – um desejo que se concretizou quando Inácio tinha apenas 11 anos.

No Sporting, Augusto Inácio percorreu todos os escalões de formação do clube e em 1974/75 chegou à equipa principal.
Tinha 20 anos quando envergou pela primeira a camisola dos seus sonhos. Foi a 5 de Abril de 1975, frente à Académica, em jogo para a Taça de Portugal. Foi o único encontro de Inácio nessa época devido à feroz concorrência de Manaca e Fernando Tomé para a ala direita e de Carlos Pereira e Baltasar para a ala esquerda.

Na época seguinte, Inácio ganhou finalmente a titularidade, tanto a lateral direito como a lateral esquerdo. Em 1977/78, Inácio conquistou a sua primeira Taça de Portugal e consolidou o seu estatuto na equipa. Na temporada seguinte o defesa marcou o seu primeiro golo oficial com a camisola verde e branca. Foi a 3 de Fevereiro de 1979, no encontro Sporting-Sarilhense (3-0) para a Taça de Portugal. Em 1979/80, Inácio sagrou-se campeão pelo Sporting, pela primeira vez. Viria a repetir esse feito em 1981/82, então treinado pelo inglês Malcolm Allison.

Sagrou-se campeão mas decidiu dar um novo rumo à sua carreira e assinou pelo FC Porto. Sentia-se desvalorizado em Alvalade. No clube da cidade Invicta ganhou três campeonatos nacionais, duas taças de Portugal, três supertaças, uma Liga dos Campeões, uma Supertaça Europeia e uma Taça Intercontinental.
Após sete épocas no Sporting e sete temporadas no FC Porto, Augusto Inácio pendurou as chuteiras. Tinha 34 anos.

Selecção Nacional.
Inácio foi internacional português em 25 ocasiões (quatro no Sporting e 21 no FC Porto). Estreou-se com a camisola das Quinas a 5 de Dezembro de 1976, contra o Chipre. Esteve presente na fase final do Campeonato do Mundo de 1986, no México. Após esta competição, retirou-se da Selecção Nacional.

Treinador.
Abandonou a carreira de jogador profissional no final da época de 1988/89 e dedicou-se à carreira de treinador. Começou pelos escalões de formação do FC Porto. Seguiu-se Rio Ave, FC Porto (adjunto de Bobby Robson), Felgueiras, Marítimo, Desp. Chaves, Sporting - a sua maior proeza até à data enquanto técnico já que sob a sua orientação os levou os leões voltaram a conquistar o título nacional após 18 anos de jejum -, Vitória de Guimarães, Belenenses, Al-Ahli Doha (Catar), Beira-Mar, Ionikos (Grécia), Fooland (Irão), Interclube (Angola), Naval, Leixões e Vaslui (Roménia). Neste momento está desempregado.
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