Pauleta
Com 47 golos, em 88 jogos, é ainda o melhor marcador da história da seleção nacional. Curiosamente nunca jogou na Primeira Divisão em Portugal. Atingiu o estrelato nas ligas de Espanha e França. É o Ciclone dos Açores.

Pedro Miguel Carreiro Resendes – mais conhecido por Pauleta – nasceu a 28 de abril de 1973 e é natural de Ponta Delgada, nos Açores.

O instinto goleador foi a sua maior característica durante a sua carreira profissional. Desaproveitado pelos clubes portugueses nunca jogou na I Divisão lusa. O mais próximo que esteve foi na II Divisão, ao serviço do Estoril na época de 1995/96. Antes dos canarinhos passou pelos escalões de formação do Santa Clara e do FC Porto (apenas uma época, em 1989/90) e já como sénior representou os emblemas açorianos do Santa Clara, Operário, Angrense e União Micaelense.

Aos 22 anos, Pauleta chegou novamente ao continente para representar agora o Estoril. Sob a orientação de Carlos Manuel marcou 18 golos – fazia uma dupla letal com Cavaco – no campeonato nacional da II Divisão. No final dessa temporada esteve quase a assinar pelo Belenenses mas seguiu para Espanha para jogar no Salamanca. E aqui, em terras espanholas, começou a “verdadeira” carreira de Pauleta no futebol.

Sagrou-se imediatamente o melhor marcador da 2.ª Divisão espanhola (19 golos) e ajudou o Salamanca a subir ao primeiro escalão. Na primeira temporada na principal liga de Espanha voltou a ser eficaz (15 golos). Transferiu-se então para o Desportivo da Corunha numa transferência avaliada em cinco milhões de euros e sagrou-se campeão de Espanha.

Após três épocas na Galiza rumou ao Bordéus. E em França viveu o melhor período da sua carreira (ganhou troféus individuais de Melhor Jogador do Ano e de Melhor Marcador ao serviço do Bordéus e do Paris Saint-Germain). Entretanto, começou a impor-se na seleção de Portugal. A estreia com a camisola das Quinas aconteceu em agosto de 1997, frente à Arménia, mas a titularidade só chegaria 18 meses depois, diante da Holanda. Entre 2000 e 2006, Pauleta foi o ponta-de-lança de serviço de Portugal. Foi por vezes criticado mas marcou 47 golos em 88 jogos, capitaneou a seleção e participou em dois Europeus (2000 e 2004) e em dois Mundiais (2002 e 2006). Despediu-se da seleção, após o jogo de atribuição do terceiro lugar no Mundial de 2006, diante da Alemanha (derrota por 3-1).

Em 2007/08, Pauleta deixou o PSG e a alta competição. Posteriormente, os adeptos do emblema de Paris consideraram-no o melhor jogador da história do clube. Mas Pauleta tinha de terminar a carreira e de dar os últimos toques nos Açores. E assim foi. Dois anos depois, em 2010/11, Pauleta efetuou três jogos pelo São Roque, da ilha de São Miguel. E então sim. Pendurou em definitivo as botas e encerrou uma carreira brilhante. Atualmente é diretor da Federação Portuguesa de Futebol para as Seleções Nacionais de Formação.

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