União de Leiria: O primeiro tomba gigantes


Capitão João Dias falou com o Sindicato sobre o apuramento para a próxima fase da Taça.

O União de Leiria foi o primeiro a afastar um clube da Liga NOS da festa da Taça. O 1-0, que surgiu aos 82 minutos por Rui Gomes, foi mais do que suficiente para eliminar o Portimonense e permitir que a equipa do Campeonato de Portugal continue a sonhar.

O Sindicato dos Jogadores falou com João Dias, o experiente defesa e capitão da U. Leiria, que se mostrou contente com a vitória e confiante para as próximas eliminatórias.

Foste formado no Braga e no FC Porto. Gostavas de reencontrar algum deles na próxima eliminatória?
Sim, seria engraçado encontrar um desses clubes, visto que foram uns dos meus pilares da minha formação, enquanto jogador jovem e profissional. Para além de serem dois clubes grandes de Portugal. Era sempre bom encontrar um desses clubes na próxima eliminatória.

Ao contrário da época passada, em que caíram muitos clubes da Primeira Liga logo ao primeiro embate, este ano isso está a acontecer com pouca frequência. Achas que a ausência de público está ligada a isso?
Sim, tenho a ideia de que nesses jogos de Taça, e em qualquer jogo do campeonato, qualquer jogo de futebol, para as equipas que jogam em casa, a presença do público é sempre mais um fator extra. É quase sempre como um 12.º jogador. Esse poderá ser um dos fatores, porque as equipas sentem-se mais cómodas, porque jogam fora, mas o ambiente ao redor do estádio não existe. Por isso acredito que possa ser um dos fatores, não o mais importante, como é obvio, mas um dos fatores que ajudam a que estas equipas não estejam a ter as surpresas que normalmente acontecem nos últimos anos.

Sentes que os clubes da I Divisão acabam por subestimar os do Campeonato de Portugal e por isso depois são surpreendidos?
Não. Já não acredito muito nisso. Nos últimos anos têm acontecido sempre muitas surpresas e, portanto, cada vez mais os clubes vão super prevenidos para estes jogos, porque além de jogarem fora sabem que as equipas ditas de escalões inferiores estão sempre com a motivação alta para fazerem surpresas, por isso não acredito que seja isso. Acredito mais que seja pela competência que existe nas divisões secundárias, quer dos jogadores que têm qualidade para estar noutros patamares, quer dos treinadores. Cada vez mais todas as equipas são muito bem orientadas e trabalham muito bem. Acredito que seja mais por aí.

A mistura entre jogadores mais veteranos com a juventude é a receita da União de Leiria para o sucesso?
Sim. Acredito que seja um dos ingredientes. Seja aqui no Leiria, quer seja noutro clube qualquer que tenha ambições, que tenha projetos consolidados ou sólidos, com ambições superiores, porque permite aos jovens crescerem de uma forma mais sustentada e mesmo os jogadores experientes, são jogadores com objetivos. Não andam aqui só por andar. São jogadores com objetivos, de carreira, de tentarem mais uma subida de divisão, chegar mais além e prolongarem o mais possível as suas carreiras e em divisões superiores. Acho que passa mais por aí. É uma boa mescla. Juntar a experiência com a juventude, com a irreverência. É sempre um ingrediente muito importante neste tipo de projetos.

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