Como começar o ano em grande? Mário Correia explica


Jovem avançado marcou o primeiro golo da Sanjoanense na vitória sobre o líder Canelas.

Fez 19 anos há menos de um mês, mas já conta com uma passagem por Itália e foi o Craque da Semana do Campeonato de Portugal para o Sindicato dos Jogadores. O jovem avançado, que está a fazer a sua época de estreia nos seniores, marcou na última jornada frente ao Canelas 2010 e ajudou a Sanjoanense a subir ao quinto lugar – o último que permite a qualificação para a fase de acesso à nova 3.ª Liga.

Mário Correia diz que esta temporada está a correr melhor do que seria de esperar, a nível pessoal, e assume que o principal objetivo do clube passa pela subida.

Esta é a tua época de estreia como sénior. Está a ser aquilo que esperavas?
Muito sinceramente, não. Normalmente, na primeira época como sénior é complicado, para alguém que vem da formação, ter minutos, especialmente num campeonato como este, portanto estou muito contente com este começo.

Pensas que o Campeonato de Portugal, e em particular a Sanjoanense, é um bom sítio para começar?
Sim, sem dúvida. Eles acolheram-me muito bem, é um clube cinco estrelas que trata de tudo certinho e direitinho. Acho que é um clube com muito potencial para alcançar a 3.ª Liga e para potencializar os jogadores que por lá passam, aliás como se tem visto nos últimos anos.

A Sanjoanense está precisamente, neste momento, numa posição que lhe permite ir à fase de acesso para a nova 3.ª Liga. Esse é um objetivo assumido do clube?
Sim, sem dúvida. É um dos objetivos. Quando começamos a época foi o que nos foi imposto – subir à 3.ª Liga. Temos feito por isso e vamos continuar a fazer.

No último jogo marcaste um dos golos da vitória e a equipa conseguiu impor a segunda derrota da época ao Canelas 2010. Como te sentes ao voltar aos golos e ao ajudar a equipa a conquistar esta vitória?
Sinto-me muito bem. Sinto que agarrei a oportunidade que o míster me deu. Fazer o golo ainda por cima contra o Canelas, que está em primeiro, soube ainda melhor.

Sentiste uma pressão extra antes do apito inicial por estares a substituir o melhor marcador da vossa equipa?
Acho que não, pois é para isso que eu estou lá. Tenho de estar lá para quando falta a peça principal da equipa e para não se sentir tanta diferença. E, claro, ajudar a equipa é sempre fundamental e o principal objetivo, por isso penso que não senti nenhuma pressão extra.

Com apenas 19 anos, já estiveste fora do país, no Perugia. Como foi a experiência por Itália e de onde surgiu essa oportunidade?
Ora bem, a oportunidade surgiu através de uma semana de treinos que fiz na Juventus. O Perugia ficou interessado, contactou-me e eu acabei por aceitar, por ser uma oportunidade diferente, por ser fora do país e eu queria experienciar um pouco isso. Acabou por não ser aquilo de que eu estava à espera por questões burocráticas – por ser menor de idade, a inscrição demorou bastante tempo a chegar. No entanto, como jogador e como pessoa, penso que evoluí bastante e ao voltar para Portugal senti uma enorme diferença relativamente a quando saí.

Era um campeonato ao qual gostarias de voltar, agora como sénior?
Ah, certamente. A primeira e a segunda divisões italianas são muito competitivas e acho que qualquer jogador gostaria de jogar por lá.

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