O goleador que veio do sul


Numa época, Tavinho subiu de divisão com Farense e Vizela. Agora que impor-se na Liga 2.

Tavinho saiu do ninho algarvio e voou até ao Minho, rumo a Vizela. Chegou ao clube e pouco tempo depois as competições foram interrompidas devido à pandemia. Apesar das adversidades, o avançado de 27 anos conseguiu celebrar duas subidas numa só temporada e afirma que tudo está a correr de feição no Vizela.

Depois de marcar um dos golos da vitória da equipa minhota sobre o segundo classificado Feirense, foi considerado pelo Sindicato dos Jogadores o Craque da Semana da Segunda Liga.

Levas três golos marcados esta temporada e todos eles deram pontos importantes ao Vizela. Os jogos têm um sabor diferente quando influencias diretamente o resultado?
Não. Não, porque isto é uma equipa. Portanto, quando marcamos é sempre bom, mas o que interessa é a equipa, sempre isso – a equipa.

Chegaste a meio da época passada ao Vizela e pouco tempo depois os campeonatos foram suspensos devido à pandemia. Como foi para ti lidares com tantas mudanças num ano – a vinda de Faro para o Minho e a impossibilidade de jogar?
Foi mau, mau para todos. Foi difícil lidar com isto, porque ninguém estava à espera. Tive de passar esse momento com a minha família, no Algarve e ir treinando para voltar mais forte – e foi o que aconteceu.

Ainda assim, conseguiste celebrar duas subidas numa só temporada – a do Farense à Primeira e a do Vizela à Segunda. O que esperas poder celebrar no final desta época?
Sim, é verdade. Eu espero este ano que consigamos manter o Vizela na Segunda Liga, é o objetivo principal. De resto, se der para fazer uma gracinha, também era bonito, mas o importante é a manutenção.

Que balanço fazes do teu trabalho no Minho até ao momento?
O balanço que eu faço… O balanço que eu faço é muito bom, tenho estado a jogar, tenho estado a marcar golos também. Espero jogar ainda mais e fazer mais golos, mas tem estado a correr tudo muito bem, como eu esperava.

És um exemplo de superação, depois da situação grave que viveste em 2018 [O atleta foi internado em estado grave, depois de ser esfaqueado na noite em que o Farense festejou o apuramento para o play-off de subida à 2ª Liga]. Que mensagem gostavas de passar a todos aqueles que, por um motivo ou por outro, veem a sua vida mudar radicalmente?
Nunca desistirem. Acreditar sempre, acreditar porque é isso que nos faz voltar. Foi o que me fez voltar e penso que, se acontecer a alguém algo do género ou que deixem de jogar uns meses, é isso que têm de fazer. Não desistir e estarem sempre focados na recuperação.

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