“Podemos não ajudar a ganhar jogos, mas ajudamos a não perder”


António Figueiredo e Pedro Roque foram os formadores da sessão “Podologia e Biomecânica no Futebol”. 

Na terça-feira, dia 23 de fevereiro, decorreu a quinta ação de formação promovida pelo Sindicato dos Jogadores. O tema não foi o mais comum e atraiu muitos curiosos, que durante duas horas ficaram a perceber um pouco mais sobre Podologia e Biomecânica no Futebol. Os formadores foram o podologista António Figueiredo e o fisioterapeuta Pedro Roque, que trabalhou com a equipa de hóquei em patins do Sporting.

Em dia de aniversário do Sindicato, a formação abordou diversos temas, entre os mais complexos aos mais simples, passando por conselhos para os atletas e até treinadores presentes.

Se ainda não damos importância suficiente à podologia no futebol, é certo que já ninguém descarta o fisioterapeuta e isso é algo que tem de mudar, até porque, diz-nos Pedro Roque, os testes e as avaliações feitas na podologia são usados na fisioterapia. Assim, defende que tem de haver uma ligação entre a podologia e a fisioterapia. A análise biomecânica do atleta é um dos pontos chaves para um bom rendimento do atleta e até a diminuição do risco de lesão. A série de testes realizados por um podologista e por um fisioterapeuta podem identificar problemas antecipadamente, ajudando a prevenir situações desfavoráveis ao jogador. Assim, tanto Pedro Roque como António Figueiredo defendem que os clubes deviam de apostar na prevenção e não apenas na reação – que é o que acontece na maioria dos casos.

Pedro Roque, experiente a trabalhar com atletas de alta competição, diz ainda que é importante saber ouvir e estar com os atletas. Para o fisioterapeuta, este é uma das pessoas mais importantes para o treinador e para os atletas, porque “podemos não ajudar a ganhar jogos, mas ajudamos a não perder”.

Sobre a influência da Covid-19 nos atletas, António Figueiredo afirma que a nível de podologia nada mudou, mas a nível de rendimento sim. “O atleta não oxigena tão bem” e como em todas as pessoas, a recuperação não é fácil, mas “a recuperação física num atleta de alto rendimento ainda é pior”.

Para finalizar, o podologista diz que é muito importante “trabalhar a consciência cultural e aliar as pessoas que nos possam ajudam” – tanto na performance como na prevenção de lesão.

Quinta-feira, dia 25 de fevereiro, há mais uma formação das 17h00 às 19h00, desta vez sobre “Alto Rendimento e Saúde Mental”. O formador será Pedro Teques, professor do IPMAIA, responsável pelo Projeto de Saúde Mental no Sindicato dos Jogadores e Psicólogo da Unidade de Saúde e performance na FPF.

A ação será transmitida através do Facebook do Sindicato dos Jogadores e do site do Record, media partner do Sindicato. Quem pretenda que seja creditada para o título de treinador (TPTD) deve inscrever-se AQUI para participação via Zoom. Será dada prioridade aos sócios do Sindicato dos Jogadores.

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