“Temos um futuro risonho pela frente”


Primeira convocatória da seleção feminina desde a criação do Campeonato Nacional de Futebol de Praia Feminino.

Alan Cavalcanti, treinador da Seleção Nacional de Futebol de Praia feminino, divulgou a lista composta por 12 atletas para disputar a Superfinal da Liga Europeia, na Figueira da Foz, que decorre entre 9 e 12 de setembro.

Esta é a primeira vez que a convocatória da Seleção Nacional feminina se baseia em clubes da modalidade, uma vez que este ano arrancou a primeira edição do campeonato feminino.

Falámos com Madjer, coordenador da FPF para o Futebol de Praia, que se sente confiante e admite que as expetativas para a Superfinal são elevadas. Apesar de esta ser a primeira convocatória com esta estrutura, o antigo internacional acredita que “temos muita qualidade”, uma vez que “a jogadora portuguesa tem muita qualidade, seja no futsal, futebol de onze ou futebol de praia”. Madjer garante que “vamos jogar com as melhores” e admite “o sonho de conquistar títulos”.

Mariana Rosa, campeã do primeiro Campeonato Nacional Feminino de Praia, afirma que “ninguém vai a uma competição para perder. Nós temos jogadoras muito boas e muito evoluídas”, o que a leva a crer que a Seleção tem muitas probabilidades de passar à final.

Já Joana Meira, uma das escolhidas por Alan, estreou-se este ano no futebol de praia e, apesar de ir ao encontro de Madjer e Mariana Rosa no que toca à qualidade apresentada pelas portuguesas, faz apenas uma promessa: “Vamos dar o nosso melhor e prontas para dar luta, como damos sempre”.

O coordenador da FPF para o Futebol de Praia falou-nos ainda sobre a escolha de Alan para selecionador nacional. Foi uma escolha “bastante simples”, uma vez que “é uma pessoa do futebol de praia, que já deu muito à modalidade” e com “capacidade de ensinar e competência enormes”.

A experiente Mariana Rosa, de 29 anos, acredita que a modalidade está em crescimento e que esta convocatória da Seleção “é a chamada ideal para que, no próximo ano, tenhamos mais clubes a participar no campeonato nacional”. A criação do Campeonato Feminino foi um grande salto e “agora a seleção é o afirmar da modalidade”.

Também para Madjer o futuro da modalidade feminina é risonho: “Tínhamos a perfeita noção de que as jogadoras, mesmo vindo de outras modalidades, quando chegavam ao futebol de praia ficavam apaixonadas. Com a criação da competição, vamos agarrar atletas e acho que temos um futuro risonho pela frente”.

A verdade é que Joana Meira, jogadora do AD Pastéis, rendeu-se à modalidade, considerando que a rápida evolução das atletas na modalidade é altamente motivadora. Sobre o futuro? “Este foi apenas o primeiro ano, mas, sinceramente adorei. Se houvesse essa possibilidade, porque não?”.

Apesar de a realidade portuguesa ainda não ser a ideal, o futuro é, de facto, risonho, e só podemos esperar que a seleção feminina atinja, um dia, o patamar da masculina. Por agora, é tempo de concentração máxima na Superfinal da Liga Europeia, onde as portuguesas vão defrontar a Inglaterra, Suíça e República Checa.

A lista das 12 atletas escolhidas por Alan é composta pelas guarda-redes Jamila Marreiros (Pastéis) e Petra Reis (Sótão), pelas fixos Ema Toscano (Sótão), Joana Flores (Sótão) e Joana Meira (Pastéis), pelas alas Inês Cruz (Sótão), Luiza Meza (Sótão), Andreia Silva (Pastéis) e Ana Correia (Sótão) e pelas pivôs Carolina Ferreira (Sótão), Érica Ferreira (Pastéis) e Mariana Rosa (Sótão).

Foto: FPF.

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