Abel Ferreira entrou este fim de semana para um lote restrito de treinadores portugueses. Apenas Manuel José e José Mourinho alcançaram mais do que um título continental – o primeiro foi campeão africano por quatro vezes e o segundo campeão europeu por duas. Agora, também Abel pode festejar mais uma conquista.

Foi frente ao Flamengo que o Palmeiras entrou em campo em busca da revalidação do título de campeão sul-americano, enquanto a antiga equipa de Jorge Jesus sonhava em recuperar a Libertadores.

O Palmeiras entrou por cima do jogo e inaugurou o marcador logo aos cinco minutos por intermédio de Raphael Veiga. O Flamengo foi tentando a sua sorte, mas sem sucesso e chegou ao intervalo sem conseguir empatar a partida.

Na segunda metade, o Flamengo voltou a pressionar os homens de Abel Ferreira e, depois de várias tentativas, o golo acabou por chegar. O cronómetro marcava 72 minutos quando Gabigol, que chegou a representar o Benfica, de pé esquerdo, empatou o marcador. Aos 85’ o “Mengão” podia mesmo ter carimbado a reviravolta, mas Michael não conseguiu concretizar.

O jogo seguiu para prolongamento e aí o Palmeiras foi mais feliz. Tal como no tempo regulamentar, o Palmeiras só precisou de cinco minutos para voltar a liderar o marcador. Deyverson roubou a bola no ataque, depois de um erro do adversário e, cara a cara com Diego Alves, não falhou. Deyverson, que já representou o Benfica B e o Belenenses, acabou por ser o herói do prolongamento e o autor do derradeiro golo. Também Danilo Barbosa, que se encontra no Palmeiras emprestado pelo Nice, já jogou por terras lusas, tendo representado o Benfica e o Sporting de Braga.

Abel Ferreira faz, assim, história. Depois da sucessão a Jorge Jesus, o antigo técnico do Braga, vai agora mais além, conquistando a segunda de três Libertadores na história do Palmeiras.

O presidente do Sindicato dos Jogadores congratula o técnico português por mais uma importante conquista:

“Em nome pessoal e na qualidade de presidente da direção do Sindicato dos Jogadores, quero felicitar o mister Abel Ferreira, a sua equipa técnica e os jogadores do Palmeiras, pelo enorme feito alcançado com a conquista da Libertadores, pelo segundo ano consecutivo.

É absolutamente histórico vencer uma competição tão difícil como a Copa Libertadores por dois anos consecutivos e isso é algo que só está ao alcance de um fantástico profissional como o Abel.

Com a sua excelente capacidade de comunicação, humildade e liderança, tem feito toda a diferença num projeto difícil, pelas expetativas que gradualmente foram sendo criadas pelos adeptos.

Não tenho dúvidas de que hoje, e cada vez mais no futuro, os jogadores que tiverem o prazer de privar com o Abel serão inspirados pela sua forma de ser e trabalhar.

Parabéns e obrigado por elevares o nome de Portugal além-fronteiras”.