Opinião: “As nossas jogadoras”
Presidente do Sindicato dos Jogadores e o desempenho das Seleções Nacionais de futsal e futebol feminino.
Esta semana, o presidente do Sindicato dos Jogadores, Joaquim Evangelista, analisa o desempenho das Seleções Nacionais de futsal e futebol feminino, num artigo de opinião publicado no Record:
“Este fim de semana ficou marcado pelo desfecho de mais uma grande competição de futsal organizada em Portugal, estando de parabéns a Seleção portuguesa que mostrou, uma vez mais, estar ao nível das melhores do mundo.
Com uma realidade bem distinta das homólogas espanholas, as nossas jogadoras deram tudo até ao último segundo, deixaram o país orgulhoso e merecem todos os elogios pela forma inexcedível como trabalharam para estar ao melhor nível nesta competição.
A eleição da Ana Azevedo como melhor jogadora da fase final da competição personifica bem a qualidade deste grupo. Ao mesmo tempo que fechávamos esta competição, no futebol as nossas jogadoras preparavam a partida para Inglaterra onde vão disputar mais um Europeu.
A presença do Primeiro-Ministro e o incentivo que deixou à Seleção são a demonstração do quão importante é esta participação para inspirar novas gerações e promover a igualdade de oportunidades.
Depois da estreia em 2017, acredito muito na afirmação internacional deste grupo, que conjuga experiência competitiva e jovens talentos. Acima de tudo, reconhecendo o papel fundamental que a FPF tem tido ao investir e promover o desenvolvimento do futebol e futsal feminino, espero que esta internacionalização e afirmação das jogadoras portuguesas seja uma oportunidade para melhorar estruturalmente as condições para a prática, com o aumento do investimento dos clubes e a diversificação dos incentivos não apenas para a profissionalização de atletas, mas também para o apoio às centenas de amadoras que conjugam, por amor ao jogo, a exigente vida desportiva com os seus trabalhos e estudos.
Neste quadro de sucesso das Seleções, não esqueço as condições muito difíceis que as jogadoras têm enfrentado, agravadas pela pandemia, sobre as quais importa continuar a trabalhar.”