Tempo útil de jogo baixou nas últimas duas épocas


Estudo da FPF revela que aumento do período de compensação não interfere no tempo útil.

Apesar de o período de compensação dado pelos árbitros ter aumentado na última época, o tempo útil de jogo na Primeira Liga tem vindo a diminuir. Esta é uma das conclusões do estudo do Observatório da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

“O tempo adicional médio concedido pelos árbitros aumentou de forma relevante em 2021/22, de acordo com as recomendações, mas verifica-se que este aumento não tem tido correspondência no tempo útil de jogo”, revela o estudo do Portugal Football Observatory.

Ao longo das quatro épocas analisadas (2018/19 a 2021/22) o tempo útil de jogo manteve-se, de forma geral, estável, sendo que em 2018/19 o tempo médio útil de jogo era de 48:36m, com uma média de 7:35m adicionais, face a 49:02m em 2021/22, com uma média de 9:98m de período adicional.

Se por um lado se confirmou que o período adicional mínimo concedido pelo árbitro não tem interferência no tempo útil de jogo, por outro, o estudo revelou onde mais se perde tempo em Portugal.

Os dados revelam que “o tempo útil médio das primeiras partes do jogo é superior ao das segundas”, sendo que o resultado e vantagem no marcador têm influência direta neste medidor. A redução de uma vantagem no marcador de dois golos para um, é o evento que, em média, provoca maior diminuição do tempo útil de jogo.

Relativamente às incidências durante a partida, o estudo da FPF demonstra que as faltas são o que mais contribuem para o tempo não útil, seguido dos lançamentos, pontapés de baliza, cantos e golos. Estas ocorrências têm impacto pelo número de vezes que ocorrem durante a partida. Isto é, factualmente, um golo provoca a maior paragem, com uma média de 1m10s, no entanto, ocorre, em média, 2,8 vezes por jogo. Já nas faltas, o tempo de paragem é de cerca de 29 segundos, mas em média sucedem-se 31,5 vezes por partida.

Partilhar