Pelo menos 35 jogadores que estiveram no Mundial 2022 sofreram uma lesão

Estudo da FIFPro analisou o impacto mental e físico nos futebolistas que estiveram no Qatar.
A FIFPro realizou um estudo, junto de 64 jogadores que participaram no último Campeonato do Mundo, e 54% dos inquiridos revelaram ter sofrido uma lesão após a presença no Mundial do Qatar.
Num trabalho realizado em conjunto com a Football Benchmark, a FIFPro analisou o impacto da sobrecarga competitiva nos jogadores que disputaram o Mundial 2022, no Qatar, nomeadamente no que diz respeito aos aspetos físicos e mentais.
Mais de metade dos 64 inquiridos, 35, revelaram ter sofrido uma lesão após a participação no Mundial. Este número aponta para as consequências da sobrecarga competitiva e do excesso de jogos no calendário internacional.
Estes dados referem-se apenas ao mês de janeiro, ou seja, um mês depois da conclusão do Mundial 2022. 44% dos jogadores inquiridos revelaram apresentar fadiga física extrema ou aumentada e 20% confessaram estar a sentir níveis extremamente altos de fadiga mental e emocional.
De acordo com o estudo da FIFPro, o curto tempo de preparação das seleções antes do Mundial 2022 e o regresso imediato ao trabalho com os clubes podem ter contribuído para estes efeitos físicos e psicológicos nos jogadores.
Segundo os dados recolhidos, o período de preparação das seleções para o Campeonato do Mundo passou de 31 para 7 dias, ao passo que os jogadores regressaram aos clubes oito dias após a participação no Mundial ao invés dos habituais 37 dias de intervalo.
Dos 64 jogadores inquiridos, 86% assumiram que preferiam um tempo de preparação de 14 dias para o Mundial e 61% dos futebolistas confessaram que o ideal seria terem 14 dias de descanso antes do regresso ao trabalho nos clubes.