O presidente do Sindicato dos Jogadores, Joaquim Evangelista, participou como orador na conferência “Player Workload and Recovery”, organizada pela FIFPRO e pelo Sindicato dos Jogadores de Inglaterra (PFA), em Londres.

Num painel moderado por Vincent Gouttebarge, diretor médico da FIFPRO, Joaquim Evangelista debateu com Darren Burgess (diretor de performance do Adelaide FC), Paulo Barreira (técnico de performance da equipa principal do Sporting) e Henry Winter (escritor de futebol sénior) a elevada sobrecarga competitiva dos jogadores e os seus perigos para a saúde e desempenho dos atletas.

O presidente do Sindicato dos Jogadores focou não apenas os riscos para a saúde e bem-estar dos atletas, e consequente perda de intensidade e qualidade do seu jogo, mas também o desequilíbrio em todo o ecossistema, que retira espaço a competições nacionais e põe em causa postos de trabalho dos jogadores.

Joaquim Evangelista destacou ainda a importância do modelo piramidal do futebol, sem o qual não se desenvolverão os talentos que vão sustentar a indústria no futuro e terminou apelando ao diálogo que tem faltado entre os vários stakeholders internacionais, ignorando a voz dos jogadores que têm alertado, sucessivamente, para o limite que estão a atingir.

Neste evento foram apresentados os resultados preliminares do relatório sobre a carga competitiva dos jogadores em 2023/24, que será concluído e publicado em agosto, para incluir os dados do próximo Campeonato da Europa de seleções.

Em foco esteve o aumento do número de jogos e a sobreposição de calendários com mais jogadores a serem afetados, tendo sido dado o exemplo de Fredrik Aursnes, do Benfica, um dos futebolistas com mais jogos na Europa e que recentemente renunciou à seleção da Noruega.