Portugal arrancou esta quarta-feira a sua corrida na luta pela defesa do título de campeão europeu. O Europeu de Futsal 2022, que está a decorrer nos Países Baixos, começou frente à Sérvia para a Seleção Nacional. No primeiro jogo oficial sem Ricardinho, os homens de Jorge Braz entraram na partida com o pé esquerdo e aos sete minutos já perdiam por 2-0.

Esta desvantagem parece ter sido o gatilho necessário para Portugal reagir e chegar ao intervalo já com o resultado nivelado. Na segunda metade, já alinhado e em sintonia, surgiram mais dois golos que puseram fim a todas as dúvidas. A Seleção acabou por vencer por 4-2, depois de um susto inicial.

Fábio Lima, internacional pela Seleção AA e jogador do Modicus, fez parte da equipa que chegou aos quartos de final do Europeu em 2016. O jogador falou ao nosso site sobre a prestação da Seleção frente à Sérvia, considerando que “Portugal entrou adormecido” na partida.

Entre a confiança a mais, depois de conquistar o Mundial, ou falta dela, pela falta de Ricardinho, Fábio Lima considera que os minutos iniciais do jogo foram “um pouco dos dois”. “Não parecia a equipa a que estamos habituados. Pouca intensidade, a cometer bastantes erros, o que não é normal porque Portugal defende bastante bem e foi preciso ver-se a perder para acordar no jogo.”

Certo é que tudo acabou por se encarrilar e Portugal voltou a bater a Sérvia depois de o ter feito nos oitavos de final do Mundial. Bom presságio? O ala do Modicus espera que sim, considerando que “Portugal portou-se muito bem e mostrou vontade de vencer”.

Apesar de o objetivo oficial ser atingir os quartos de final, Fábio Lima acredita que se estão “a colocar objetivos por etapas, mas o objetivo principal é chegar à final, até porque Portugal é o detentor do título.”

A verdade é que em 2016, os quartos de final marcaram mesmo o final da competição para a seleção lusa, que perdeu diante da Espanha, equipa que viria a sagrar-se campeã da Europa. Em 2018, as posições alteraram-se. Na final, foram os portugueses que levaram a melhor, destronando assim os vizinhos ibéricos. Este ano, Fábio Lima continua a considerar que Espanha “é um dos grandes adversários de Portugal”, mas deixa um alerta: “existem outras seleções muito boas, tais como a Rússia, Itália e até o Cazaquistão.”

Segue-se agora os Países Baixos, anfitriões da prova. Portugal volta a entrar na quadra no domingo, dia 23, e o jogador do Modicus não poderia estar mais confiante. “Penso que Portugal é favorito, apesar de eles estarem a jogar em casa. Se, jogar como jogou frente à Sérvia, ignorando os primeiros cinco minutos de jogo, tenho a certeza absoluta de que vai vencer.”