Portugal voltou a vencer e já tem um pé nos quartos de final do Europeu 2022 de futsal. Falta apenas defrontar a Ucrânia num jogo em que a Seleção não está obrigada a vencer para se qualificar.

No passado domingo, dia 23, os homens de Jorge Braz defrontaram os anfitriões, Países Baixos, em Amesterdão, e mostraram vontade de dominar desde o primeiro segundo. Depois do susto inicial com a Sérvia, Portugal quis garantir que entrava por cima na partida.

Cristiano, guarda-redes do Torreense e internacional português, fez uma análise à prestação da Seleção no último encontro, começando por admitir que não vê maneira de Portugal deixar escapar os quartos de final. “A seleção está muito bem. No início de qualquer competição toda a gente quer entrar bem e foi esse nervosismo de início de competição que vimos frente à Sérvia. Agora estão bem e vão conseguir a passagem aos quartos.”

Portugal entrou, dominou e marcou. Zicky foi o autor do primeiro golo e Pany Varela fez o 2-0 já perto do intervalo. De regresso, o ala bisou e atirou a Seleção para uma vantagem de três golos. Com o conforto do resultado, Portugal perdeu o controlo que tinha tido até então e, nesse momento de distração, os Países Baixos responderam com um golo, reduzindo para 3-1.

Cristiano, considera que “faz parte dos jogos”. “Do outro lado está uma equipa que também quer ganhar e em 40 minutos nem sempre se consegue estar no controlo do jogo”. A verdade é que os anfitriões acreditaram que poderiam inverter o resultado e, numa altura em que jogavam com guarda-redes avançado, Portugal fez o 4-1 final. “Quando os Países Baixos fizeram o 3-1 acreditaram um bocadinho mais e pode ter havido partes em que estiveram por cima do jogo. Ainda assim, penso que Portugal não tremeu e ganhou bem.”

A baliza de Portugal tem sofrido alterações desde a partida para os Países Baixos. Com Edu de regresso, Cristiano não vê a inconsistência nos guarda-redes como um fator problemático e, aliás, elogia o espírito de grupo da Seleção. “A grande força desta equipa é o coletivo e o espírito de grupo. Qualquer jogador que lá esteja, mesmo que há pouco tempo, consegue integrar-se bem”. O também guarda-redes aproveitou ainda para elogiar o trabalho do selecionador Jorge Braz no que toca à renovação de gerações: “Há jogadores que já têm uma certa idade, que vão começando a dar espaço a outros mais novos. Esse trabalho está a ser muito bem feito pelo Jorge Braz, que vai conseguindo colocar ali alguns miúdos.”

Na sexta-feira, dia 28 de janeiro, Portugal encerra a fase de grupos frente à Ucrânia. Cristiano prevê “um jogo complicado”. “A Ucrânia é sempre uma seleção difícil. Nos últimos anos não tem estado dentro dos grandes candidatos, mas julgo que tem sido sempre uma seleção forte”, e, como tal, sugere que a Seleção Nacional utilize este jogo como uma prova daquilo que será o Campeonato da Europa daqui para a frente. “Passando aos quartos de final, entra na fase do mata-mata. É um bom jogo para perceber o que vai apanhar daqui para a frente, a nível de equipas mais fortes.”

Assumindo que Portugal cumpre o seu primeiro objetivo – chegar aos quartos de final – Cristiano considera que, a partir de agora, é colocar os olhos na final. “Portugal é campeão europeu, campeão mundial, é um dos principais favoritos a voltar a ganhar o Europeu”. Ainda que a fase mais complicada comece depois da fase de grupos, o internacional luso acredita que “Portugal tem todas as condições para voltar a ser campeão europeu”, mesmo que numa fase de adaptação após a saída de Ricardinho. “Temos todas as condições para voltar a ganhar. E esperemos que sim!”

Portugal volta à quadra no dia 28 de janeiro, às 19h30, desta vez na cidade de Groningen, onde vai defrontar a Ucrânia. A Seleção depende de si mesma e qualifica-se para os quartos de final da prova, mesmo que perca por quatro golos.