Os jogadores André Carrillo, Oguchi Onyewu e Jeffrén Suárez foram vigiados por dirigentes do Sporting, durante o mandato de Godinho Lopes na presidência do clube.

A informação foi confirmada por Rui Martins, testemunha do “caso Cardinal”: “Havia jogadores mais problemáticos, digamos assim. Era só para ver se estavam em casa. Eu passava e via se a luz estava acesa ou tinham o carro à porta.”

O presidente do Sporting na época dos factos ocorridos (2011/12), Godinho Lopes, também confirmou esta informação.

"Seria interessante enquadrar os jogadores para a prestação desportiva ser adequada. Falei com Luís Duque, não me lembro se com Carlos Freitas, que estranho que não saiba, e contratámos uma empresa, para que não estivessem na rua à noite, não houvesse bebida, para respeitarem o descanso. Era serviço de vigilância. Não sei precisar a origem da ideia, se fui eu, Luís Duque ou Paulo Pereira Cristóvão. Ouvi que se fazia noutros clubes e eu quis que fosse formal. Pedi a Paulo Pereira Cristóvão para encontrar uma empresa para o fazer; ele apresentou uma vocacionada", contou Godinho Lopes na sessão de julgamento, reconhecendo "práticas ardilosas" que na altura não detectou, nomeadamente na redacção do contrato com a citada empresa: "Se calhar não era possível colocar preto no branco o objectivo do contrato. Na altura não tirei conclusões."

Recorde-se que Paulo Pereira Cristóvão, antigo dirigente do Sporting, se encontra detido por suspeitas de associação criminosa.